
Sabres e utopias é formado por uma série de textos escritos por Mário Vargas Llosa, entre os anos de1960 e os dias atuais.
Llhosa, peruano e prêmio nobrel de literatura, não nos apresenta apenas, nesta obra, a sua apreciação dos principais literatos latino-americanos (como Gabriel Garcia Márquez, Jorge Amado, entre outros), além disso, aponta para a sua posição política sobre a situação latino-americano.
O livro mostra a mudança de postura do autor com relação ao regimes do socialismo realismo, durante o século XX. De apoiador da Revolução Cubana, por exemplo, tornou-se um dos maiores críticos, sendo atualmente figura odiada por Fidel Castro.
A sua convicção de que a democracia é o melhor caminho, para os paises do centro e sul da América, fez com que assumisse uma posição neo-liberal, que segundo o próprio autor, na América Latina seria o mesmo que assumir uma posição ultra-conservadora, retrógada e demoníaca. Profundamente críticado por essa postura, continuou respeitando as posições adversas, não perdendo assim muito dos seus antigos amigos, como Otávio Paz.
Concordo com muitas das suas concepções políticas, especialmente no que tange a questão democrática como de profunda importância e de difícil acesso aos latinos. Contudo, nem tudo me apetece em seu corolário de certezas.
A sua aversão aos regimes totalitários, aversão que compartilho, torna-se tão efetiva que lança as formas mais variadas de governos latino-americanos no mesmo patamar. Com críticas importantes e mesmo ácidas ao governo Lula.
Llosa, não aceita os nacionalismos, indigianismo e afins, que tendem a reforçar uma idéia bestial de aversão ao outro, reforçando sempre a idéia "de si", ou seja, concentrando os indivídios em uma percepção que, segundo o autor, aponta para a importância do que é seu em detrimento do que pertence ao outro.
Algo que gostei muito na leitura deste livro foi a idéia de aceitação do outro, da multiplicidade e da singularidade dos indíviduos, que, geralmente, tendem a ser mais respeitas em regimes democráticos.
Contudo, não é no aspecto político que se encontra o seu melhor texto. O discurso que fez na Academia Brasileira de Letras, sobre o livro Os sertões, que o impressionou tão fortemente, chegando a escrever uma obra sobre a guerra de Canudos, A Guerra do fim do mundo, é um dos momentos mais empolgantes do livro. Vale a pena ler.
É um bom livro, importante para refletir sobre a América-Latina, nos aspectos mais variados.
Llhosa, peruano e prêmio nobrel de literatura, não nos apresenta apenas, nesta obra, a sua apreciação dos principais literatos latino-americanos (como Gabriel Garcia Márquez, Jorge Amado, entre outros), além disso, aponta para a sua posição política sobre a situação latino-americano.
O livro mostra a mudança de postura do autor com relação ao regimes do socialismo realismo, durante o século XX. De apoiador da Revolução Cubana, por exemplo, tornou-se um dos maiores críticos, sendo atualmente figura odiada por Fidel Castro.
A sua convicção de que a democracia é o melhor caminho, para os paises do centro e sul da América, fez com que assumisse uma posição neo-liberal, que segundo o próprio autor, na América Latina seria o mesmo que assumir uma posição ultra-conservadora, retrógada e demoníaca. Profundamente críticado por essa postura, continuou respeitando as posições adversas, não perdendo assim muito dos seus antigos amigos, como Otávio Paz.
Concordo com muitas das suas concepções políticas, especialmente no que tange a questão democrática como de profunda importância e de difícil acesso aos latinos. Contudo, nem tudo me apetece em seu corolário de certezas.
A sua aversão aos regimes totalitários, aversão que compartilho, torna-se tão efetiva que lança as formas mais variadas de governos latino-americanos no mesmo patamar. Com críticas importantes e mesmo ácidas ao governo Lula.
Llosa, não aceita os nacionalismos, indigianismo e afins, que tendem a reforçar uma idéia bestial de aversão ao outro, reforçando sempre a idéia "de si", ou seja, concentrando os indivídios em uma percepção que, segundo o autor, aponta para a importância do que é seu em detrimento do que pertence ao outro.
Algo que gostei muito na leitura deste livro foi a idéia de aceitação do outro, da multiplicidade e da singularidade dos indíviduos, que, geralmente, tendem a ser mais respeitas em regimes democráticos.
Contudo, não é no aspecto político que se encontra o seu melhor texto. O discurso que fez na Academia Brasileira de Letras, sobre o livro Os sertões, que o impressionou tão fortemente, chegando a escrever uma obra sobre a guerra de Canudos, A Guerra do fim do mundo, é um dos momentos mais empolgantes do livro. Vale a pena ler.
É um bom livro, importante para refletir sobre a América-Latina, nos aspectos mais variados.